Fazem quatro ou cinco dias em que chego em casa e me deito.
Durante trinta ou quarenta minutos permaneço imóvel com os olhos perdidos no teto.
Nada se move... nem mesmo a lagrima que com medo (ou preguiça) não desgruda do meu nó. Hoje nada me reconhece, nem mesmo “meu querido nó”.
Odeio minha fragilidade! Tudo me toca tão profundamente que em dias nublados como hoje, é impossível não sair de casa com a “capa”.
Na capa eu guardo meus conceitos e valores mais íntimos. Consigo tocar minha sanidade que com palavras irrevogáveis tentam me tirar...
É nela que escondo meus medos, magoas e rugas...
Levo num dos bolsos estrelinhas bem miúdas que é pra eu não me esquecer que amanha nasce outro dia e sim, tudo é novo!
Por puro paradoxo, também carrego uma LUPA, que é pra ver de perto feridas-minhas, tão minhas que as acompanho vez ou outra (o que atrapalha o processo da cura)
(...)
Hoje as dez e dez, somente um pedido:
Que o tempo passe leve e que nem mesmo a ausência faça falta.
Um comentário:
... e que nem mesmo a ausencia faça falta...
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